é um projecto de apropriação de uma cidade inundada. e a construção de uma outra. é uma proposta de mapeamento e destruição da cidade. uma provocação. um desdobramento da cidade e a consequência da sua deslocação para um palco. é uma partitura. e um conjunto de heterotopias. é tudo aquilo que já foi feito mas não por eles. é sobre o abate de árvores.
«Prometemos ficar calados, só a abater árvores» é uma proposta do Teatro Aveirense, em parceria com as Escolas Secundárias Homem de Cristo e Mário Sacramento, coordenada por Ana Raquel Ribeiro e com a colaboração de Ricardo Marques, Marco Martins e Hélio Morais.

25.10.10

{proposta 8}




«Raramente temos tempo de observar aquilo que devia ser perfeitamente evidente: que confiamos em vão a um outro tempo e a outro lugar o segredo do sonho.
(...)
Assim, a promessa que o sonho formula no próprio momento em que se dissipa é a de uma lucidez tão poderosa que nos entrega à distracção, de uma palavra tão completa que nos reenvia para a infância, de uma razão tão soberana que se compreende a mesma como incompreensível.»


{texto: Giorgio Agamben, trad: João Barrento, 'Ideia da Prosa', Cotovia p.57 e 59; imagem: Edgar Martins, 'The Accidental Theorist'}

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