« Não há nada de especial em não nos orientarmos numa cidade. Mas perdermo-nos numa cidade, como nos perdemos numa floresta, é coisa que precisa de se aprender. Os nomes das ruas têm então de falar àquele que por elas deambula como o estalar de ramos secos, e as pequenas vielas no interior da cidade mostrar-lhe a montanha. Aprendi tarde esta arte; ela preencheu sonhos cujos primeiros vestígios foram os labirintos nos mata-borrões dos meus cadernos. Não, os primeiros não, porque antes deles houve um que lhes sobreviveu.»
{imagens: sema bekirovic, 2008. texto: Walter Benjamin, «Imagens de Pensamento», Assírio e Alvim, 2004, p. 82. }
Sem comentários:
Enviar um comentário